Entre os dias 16 e 19 de maio, teve lugar, na Alfândega do Porto, a 8th International Wildland Fire Conference, na qual o projeto Forest FM deu a conhecer alguns dos resultados preliminares da fase de implementação do ForestFM nas escolas.
Com o título Improving wildfire preparedness: lessons from a school radio educational program, a apresentação foi inserida numa sessão dedicada ao envolvimento de stakeholders (partes interessadas) e mediada por Sarah McCaffrey, uma investigadora recentemente reformada do US Forest Service.
Fantina Tedim, co-investigadora principal do ForestFM, deu a conhecer a análise dos resultados da aplicação de um inquérito junto dos estudantes de entre 15 e 18 anos do distrito de Viseu. Com esta ferramenta, aplicada anteriormente a qualquer outra intervenção do projeto nas escolas, pretendeu-se aferir o conhecimento dos jovens sobre incêndios rurais, os seus hábitos de consumo de media e de outras formas de comunicação sobre o assunto e as práticas de prevenção de incêndios adotadas no seio familiar.
Foi, depois, demonstrada uma das atividades do projeto que consistiu na implementação de uma oficina, ao longo de vários meses, para o desenvolvimento de conteúdos radiofónicos sobre prevenção de incêndios por estudantes do distrito. Através de uma metodologia hands-on, os participantes tiveram oportunidade de aprender sobre media, literacia mediática e produção de conteúdos, ao mesmo tempo que foram aplicando as aprendizagens no desenvolvimento de conteúdos sobre prevenção de incêndios rurais. Neste processo, a comunidade foi chamada a intervir, pela realização de entrevistas quer a especialistas (locais) sobre o assunto quer à população local.
Por fim, foi também dada a conhecer a análise preliminar das entrevistas conduzidas aos participantes desta oficina (no caso, das escolas secundárias de Carregal do Sal e de Nelas, que eram as únicas que haviam terminado a intervenção aquando da apresentação) sobre as suas aprendizagens sobre incêndios rurais, mas também sobre os media e outro tipo de competências adquiridas.
Nas conclusões, evidenciou-se as vantagens e a premência da inclusão da educação para o risco nos currículos escolares.