Integrada num painel dedicado inteiramente à Educação para os Riscos, a apresentação, conduzida pelo coordenador do projeto José Azevedo, refletiu os resultados preliminares da análise de entrevistas realizadas a professores e diretores das escolas envolvidas no projeto.
Em Portugal, a educação para o risco acontece pontualmente e ainda não está consolidada. Com estas entrevistas, pretendeu-se compreender a perceção dos docentes e da direção sobre a necessidade e vantagens de se incluir a educação para o risco nos currículos escolares, bem como sobre a eficácia da metodologia adotada no projeto ForestFM com esse mesmo objetivo.
Na literatura, é destacada a eficácia de abordagens interativas, que dão ênfase à componente emocional e à empatia, que promovem a pesquisa, debate e simulação de situações de risco, a realização de entrevistas com especialistas e comunidade, ações concretas e campanhas de sensibilização.
O ForestFM propõe que, através da produção de conteúdos mediáticos de rádio sobre prevenção de incêndios rurais, os jovens, nomeadamente aqueles dos concelhos mais afetados por este incidente, aprendem sobre o tema.
No processo, os jovens fazem pesquisa, têm oportunidade de ouvir especialistas e a comunidade e de encontrar a sua própria voz, na comunicação da problemática a novos públicos pela produção dos conteúdos radiofónicos.